Data: 19 Fevereiro (Sábado)
Hora: 21h30
Tipo: Teatro
Classificação: M/12
Duração: 60 min.
Organização: CMRM
Preço: 4 euros - Desconto de 20 por cento para portadores dos cartões RM Jovem e 65
O Pranto de Maria Parda.
Pela Companhia de Teatro "A Barraca"
Fundamentalmente o itinerário de uma privação.
Privação dolorosa, insustentável. Privação que impõe a figuração da Morte.
E aqui vem Mário de Sá Carneiro.
Da falta á irrisão. À ascese.
Maria Parda no barco de Dionísio, à volta do mundo, do vinho e do teatro.
Com Caronte e Rimbaud.
Maria do Céu Guerra
Padecia neste tempo o reino de Portugal calamitoso aperto de fome. Porque, quanto mais corria o ano de 22, em que vamos, tanto maior era o trabalho.
Crescia a falta, gastando e comendo o povo esse pouco pão que havia.
Castela não podia ajudar, porque a esterilidade no ano de 21 fora igual nela.
De França não vinha nada, respeito das guerras que trazia o imperador.
Os pobres do reino acudiam todos a Lisboa arrastando consigo as suas tristes famílias, persuadidas da força da necessidade que poderiam achar remédio onde estavam o rei e os grandes. Mas aconteciam casos lastimosos. Muitos caíam e ficavam mortos e sem sepultura pelos caminhos, de fracos e desalentados.
Os que chegavam a Lisboa pareciam desenterrados, pálidos nos sembrantes, débiles e sem força nos membros. Dinheiro não aceitavam de esmola, porque não achavam que comprar com ele. Só pão queriam; e este não havia quem o desse.
Porque algum que às escondidas se vendia, era a quatrocentos e cinquenta réis o alqueire; o centeo a duzentos réis,; o milho a cento e cincoenta, que para aquele tempo era como um prodígio.
Frei Luis de Sousa, Anais de D. João III, com prefácio do Prof. M. Rodrigues Lapa, Lisboa, 1938, pp. 64-65
FICHA TÉCNICA / ARTÍSTICA
TEXTO: GIL VICENTE
ENCENAÇÃO: MARIA DO CÉU GUERRA
ELENCO: MARIA DO CÉU GUERRA
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